domingo, 24 de julho de 2011

MACHU PICCHU

Aproveitando as comemorações de 100 anos de sua descoberta arqueológica oficial, uma homenagem à cidade sagrada dos Inkas:

"Entonces en la escala de la tierra he subido

Entre la atroz maraña de las selvas perdidas

Hasta ti, Machu Picchu.

Alta ciudad de piedras escalares,

Por fin morada del que lo terrestre

No escondió en las dormidas vestiduras.

En ti, como dos líneas paralelas,

La cuna del relámpago y del hombre

Se mecían en un viento de espinas.

Madre de piedra, espuma de los cóndores.

Alto arrecife de la aurora humana.

Pala perdida en la primera arena.

Ésta fué la morada, éste es el sitio:

Aquí los anchos granos del maíz ascendieron

Y bajaron de nuevo como granizo rojo.

Aquí los pies del hombre descansaron de noche

Junto a los ojos del águila, en las alturas guaridas

Carniceras, y en la aurora

Pisaron con los pies del trueno la niebla enrarecida,

Y tocaron las tierras y las piedras

Hasta reconocerlas en la noche o la muerte.

( ... )

Y el aire entró con dedos

De azahar sobre todos los dormidos:

Mil años de aire, meses, semanas de aire,

De viento azul, de cordillera férrea,

Que fueron como suaves huracanes de pasos

Ilustrando el solitario recinto de la piedra."

Pablo Neruda

Alturas de MACHU PICCHU

CANTO GENERAL - Tomo I

“... as montanhas imensas, o rio, os abismos, o céu límpido ou abarrotado de vapores, o manto de selva, o vento que açoita duro, a chuva tenaz e a acumulação venerável dos séculos, contribuem na medida justa com a obra do homem.

Ao construir a cidade, não desfez o homem a unidade cósmica que reina neste lugar. Fez algo digno das montanhas, do rio, dos precipícios. E contagiado pela perenidade do mundo, levantou uma cidade que almeja ser eterna."

H.Buse

Não se sabe como era chamada Machu Picchu na época dos Incas, o atual nome é originário da montanha sobre a qual se encontra a cidade e significa "Montanha Velha". Os espanhóis não descobriram a cidade e o primeiro ocidental de quem se tem notícia a chegar ao lugar foi o explorador norte americano Hiram Bingham, em 1911.

Algumas pessoas acusam Bingham de ter pilhado Machu Picchu, pois levou objetos de ouro, obras de arte e múmias para museus nos Estado Unidos e até para coleções particulares (em 2003 o governo peruano solicitou a devolução das peças).

O arqueólogo acreditava ter descoberto a lendária Vilcabamba, reduto dos últimos Incas rebeldes contra o domínio espanhol. Posteriormente soube-se que a descoberta de Bingham não era Vilcabamba; a partir daí, teve início uma grande especulação sobre Machu Picchu.

Localizada a 150 km de Cuzco, em um platô no topo de uma montanha a 2.700 metros de altitude, Machu Picchu possui as características arquitetônicas incas e seu planejamento é coerente com o sistema de organização urbano e ideológico incaico.

Também surgiram muitas hipóteses sobre qual teria sido a função de Machu Picchu: reduto das Virgens do Sol, escola dos sábios, casa de campo do imperador, complexo administrativo, fortaleza contra os ataques de tribos da selva amazônica, centro astronômico e energético do planeta e outras mais.

Quem sabe a resposta? Talvez sejam verdadeiras todas essas possibilidades. Dentro da visão de mundo integrada do universo indígena é totalmente coerente essa multiplicidade de funções.

O certo é que Machu Picchu é muito especial; seja pela precisa localização entre montanhas e circundada aos pés pelo rio Urubamba, que forma um profundo vale ou cânion ao redor da montanha, ou pelas impressionantes e belas construções da mais alta qualidade de trabalho em pedra dos Incas. Esses elementos conjugados oferecem ao visitante da cidade uma experiência invulgar.

Em Machu Picchu, os sábios incas edificaram uma obra prima, majestosa e genial, nem maior ou menor que a natureza ao redor, mas integrada a ela e a refletir a união harmônica entre o homem e a Pachamama. A beleza e imponência do conjunto fascinam e encantam, residindo aí um dos aspectos mágicos da cidade.

Machu Picchu inteira está repleta de locais sagrados com alinhamentos astronômicos. Nesses lugares, as forças do Céu e da Terra eram invicadas e utilizadas em rituais praticados pelos sábios, os amautas, e esse força, ainda hoje, pode ser sentida por aqueles que estejam dispostos a estabelecer um vínculo com as energias criadoras e formadoras do Cosmos e de nossa Mãe, a Terra.

Talvez quinhentos anos atrás, no dia do solstício de inverno, um amauta com seu cajado, símbolo de poder e sabedoria, se dirigiu, antes do amanhecer, para a base da escada de sete degraus que oferece acesso a uma mesa na base do Intiwatana, no lugar que hoje conhecemos como Machu Picchu.

Esse sábio inca já estava se preparando para esse dia com certa antecedência através de jejuns, banhos rituais e orações dirigidas ao seu deus Wiracocha e ao seu pai Inti. A pedra que chamamos Intiwatana, uma importante Huaca, já estava decorada com flores e perfumada por incensos. Essa pedra funcionaria como um catalizador, para impulsioná-lo a uma experiência mística e transcendental de conexão com o cosmos e de amor a sua mãe, Pachamama.

Todo o ritual é acompanhado de preces, orações e cantos, pontuados e adornados pelo toque de tambores, flautas e conchas marinhas que são sopradas para emitir sons inusitados e mágicos. A música coordena o andamento da cerimônia e lentamente, com grande reverência, o amauta sobe, degrau por degrau, sentindo e coordenando sua respiração, enquanto o ritmo do tambor dita seu batimento cardíaco em consonância com o coração da terra.

Ao chegar ao sétimo degrau, seu ser vibra em uníssono com a vitalidade do cosmos, nesse momento, o Sol, pai espiritual desse povo, irrompe com seus primeiros raios, que se dirigem para o pináculo ou prisma do Intiwatana; próximo dali, outros sons de conchas anunciam o despertar das inúmeras Huacas da cidade. O esplendor do brilho do ouro, projetado por todo lado pelos dourados raios solares, transporta os homens para outras dimensões e reinos mágicos da consciência.

O olhar do sábio se desvia para a direita e o triângulo mágico solar abarca o olho, agora desperto do Hatun Puma, nível de consciência e conhecimento do qual almeja comungar o amauta. Ele conhece os sinais, sabe ler a sagrada escrita das formas nas pedras e sente o poder do lugar onde está.

A força do Puma, guardião do Kay Pacha, invade seu ser e o torna elo de ligação entre o Hanan Pacha e o Uju Pacha, a coluna por onde ascende a Serpente até alçar seu vôo, como um mensageiro dos deuses, o sagrado Condor.

Súbito os raios de Inti alcançam sua cabeça, para depois, suavemente, descerem até sua fronte; nesse momento seu coração dispara e o amauta sabe que é um com o universo e com a terra, seu ser transborda alegria, sabedoria e amor.

De um Kero, copo cerimonial inca, ele oferta um pouco de chicha, a bebida sagrada feita de milho, para a Pachamama e para Inti. De uma bolsa a tiracolo, o Amauta retira algumas folhas de coca, outra oferta aos seus deuses. Ele faz essa oferenda ritual movido por um profundo sentimento de gratidão pela vida e como reconhecimento da imensurável generosidade de seus pais espirituais.

Mais uma vez ele sente a confiança em seus deuses, os ciclos irão se repetir, as chuvas cairão na época prevista e a colheita será farta. A abundância, uma vez mais, será festejada e o povo, feliz e bem alimentado, irá aclamar seu imperador pelos quatro cantos do mundo...

Esse pequeno relato ilustra o que imagino deveria ser uma cerimônia incaica, realizada por um amauta, conhecedor ds segredos da ciência/religião solar.

Ka W. Ribas

Haylli Machu Picchu!

sábado, 23 de julho de 2011

PROFECIA INCA

Mensagem do Mensageiro Espiritual Peruano Willaru Huayta
Através da Aluna JoyYaxk’in, 13 de Julho de 2011

Temos esperado durante quinhentos anos. As profecias Inca dizem que, agora, nesta era, quando a águia do Norte e o condor do Sul voarem juntas, a Terra despertará. As águias do Norte não podem ser livres sem os condores do Sul.
Agora, está a acontecer. Agora é o momento. A Era de Aquário é uma era de luz, uma idade de despertar, uma idade de regressar às formas naturais. A nossa geração está aqui para ajudar a começar esta idade, a preparar através de escolas diferentes a compreensão da mensagem do coração, a intuição e a natureza. A população nativa fala com a Terra. Quando a consciência desperta, nós podemos voar alto como as águias ou como o condor…
Em última instância, vós sabeis, todos somos nativos porque a palavra “nativo” vem de natureza, e nós somos todos partes da Mãe Natureza. Ela está dentro de nós, e nós estamos dentro dela. Dependemos totalmente da Terra, do Sol e da Água. Pertencemos à evolução da natureza nos nossos corpos físicos. Mas também temos um corpo espiritual que vem do Sol, não do Sol que podeis ver com os dois olhos, mas de outro Sol que está noutra dimensão, um Sol dourado queimando com o fogo da luz espiritual. A luz interior dos humanos emana desta fonte espiritual. Viemos para a Terra a partir deste Sol para termos experiências na Terra e, eventualmente, regressaremos a este Sol. Nós somos Filhos do Sol.
A coisa mais importante agora é despertar a consciência de uma forma positiva. Os mestres ascensos regressaram para unificar a consciência dos filhos da Terra através das suas mensagens de unidade, harmonia e amor por esta nova era solar. Nós agradecemos aos mestres da Irmandade Branca por nos guiarem e facilitarem a comunicação com outros mundos nesta mensagem para todos os buscadores da Luz. “Procurai o Bem nos outros”. “Os amigos são anjos que elevam os nossos pés quando as nossas asas têm dificuldades em lembrar-se de como voar”. (fim)
“Em muitas culturas indígenas, os Seres Estelares são chamados de “Povo Arco-Íris”, uma raça de cores do arco-íris vivendo em paz e harmonia na terra. Quando perguntaram a um sumo sacerdote do Peru…., ele explicou que os Seres Estelares/Povo Arco-Íris somos todos nós. Estamos a entrar numa idade de nos encontrarmos a nós mesmos de novo, chamada a Taripaypacha. A nossa essência estelar é um elaborado sistema de codificação de luz no ADN. O nosso ADN é luz, cor e som. Estamos a ser re-conectados com os nossos eus estelares e a entrar na auto-capacitação. Isto permite-nos conectar o nosso corpo de luz com os seres avançados que nos podem guiar para entendermos mais das dimensões superiores do ser verdadeiro e da divina luz.”

- do Portal das Estrelas por James Jereb

Direitos de Autor 2010 – É concedida permissão para copiar e distribuir este artigo na condição de que o seu conteúdo seja mantido na íntegra, os créditos sejam atribuídos plenamente ao(s) autor(s) e que seja distribuído livremente. CENTRO DO SOL – Aluna Joy Yaxk’in, PO Box 1988 Sedona, AZ 86339 USA Ph: 982-282-6292 Ph/Fax: 928-282-4622 – Email: alunajoy@1spirit.com.website:www. AlunaJoy.com
Tradução: Ana Tavares Belo – anatbelo@hotmail.com

domingo, 10 de julho de 2011

CAMINHADA DE PODER - 24 de julho em Casa Branca-MG

O propósito dessa Caminhada de Poder é levar o participante a uma experiência imediata, concreta e profunda com a sua essência. Nesse dia realizaremos o que o povo Guarani chama de Oguatá Porá, uma “Boa Caminhada”, uma caminhada sagrada onde o ato de caminhar será uma metáfora de nosso caminho na vida.
Sairemos cedo, às 8 da manhã, de um ponto pré-estabelecido com os participantes da caminhada e subiremos até o topo de uma montanha sagrada na belíssima região de Casa Branca, próximo ao Parque Estadual da Serra do Rola Moça. Ali, em um Lugar de Poder, realizaremos uma vivência fundamentada em tradições ancestrais indígenas, onde trabalharemos conceitos atuais como Ecologia Profunda e Ecologia Integral.
Ecologia Profunda é a idéia de que a natureza é um bem em si mesma e não mera coadjuvante da espécie humana, parte do princípio de que todas as formas de vida tem o mesmo valor e importância. Ecologia Integral é um conceito abrangente de Ecologia que a relaciona não apenas com o meio ambiente mas com todas as relações interpessoais, incluindo a sociedade e o autoconhecimento.
Por meio dessa prática, buscaremos nosso ser integral que não apenas faz parte da natureza, mas que é natureza! Assim, a Ecologia deixa de ser algo externo e passa a fazer parte, efetivamente, de todo nosso ser, levando ao autoconhecimento, crescimento pessoal, cura interior e, conseqüentemente, à cura de nosso próprio planeta.
A condução da vivência ficará a cargo de Ka Ribas que há anos pratica e trabalha com os ensinamentos ancestrais de diferentes culturas ameríndias. Em sua jornada pessoal, Ka recebeu ensinamentos de tradições andino-amazônicas, mexicanas, norte-americanas e de indígenas brasileiros.
Venha fazer parte dessa Oguatá Porá e descobrir o valor dos ensinamentos ancestrais em nossos dias.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

ECOS - Treinamento, Pedadogia e Vida!

O Programa ECOS propõe atividades em grupo, com fundamentação teórica e prática em tradições ancestrais. As práticas são lúdicas e dinâmicas, envolvendo o corpo e os sentidos, resgatando o conceito ancestral de vida=movimento.
No Programa são trabalhados e abordados temas e valores como solidariedade e respeito, os relacionamentos interpessoais e o trabalho em equipe, liderança, confiança, auto-estima individual, saúde e bem estar, ecologia e sustentabilidade.
A conjugação dos ensinamentos teóricos com a experimentação prática por meio de vivências e exercícios nos permite aprender, não apenas no intelecto, mas com nosso ser integral. Por meio dessa “pedagogia integral”, a Ecologia deixa de ser algo externo e passa a fazer parte, efetivamente, de todo nosso ser.
O programa de Treinamento ECOS apresenta-se como uma excelente oportunidade para a capacitação e aprimoramento de uma equipe, possibilitando o pleno desenvolvimento das habilidades humanas e, consequentemente, profissionais. Torne sua empresa moderna e humana, efetivamente sustentável e comprometida com a vida!